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Os últimos momentos de passageiros antes de AVIÃO da Índia cair, deixa todos em choq… Ver mais

Por instantes, parecia apenas mais um vídeo de despedida. Um casal sorridente, uma câmera na mão e um aceno: “Tchau, Índia”. Ninguém imaginava que aquelas palavras marcariam o prelúdio de uma tragédia que chocaria o mundo.

Era manhã na Índia quando Jamie Meek, de 45 anos, e Fiongal Greenlaw, de 39, caminharam pelo terminal do aeroporto de Ahmedabad. O casal britânico, conhecido por compartilhar momentos de espiritualidade e bem-estar nas redes sociais, parecia animado. Haviam concluído mais uma etapa de suas jornadas em retiros espirituais pelo sudeste asiático. O destino agora era Londres, em um voo da Air India.

Mas o que deveria ser um retorno tranquilo à casa se transformou em um dos mais sombrios capítulos da aviação moderna.

Poucos minutos após a decolagem do voo AI171, às 9h47 da manhã de quinta-feira (12), o avião — um Boeing 787 Dreamliner — perdeu altitude repentinamente e colidiu contra um prédio comercial a menos de dois quilômetros do aeroporto. Dentro da aeronave, 242 pessoas. Quase todas perderam a vida.

Uma única exceção: Vishwashkumar Ramesh, de 40 anos, também britânico, que por um improvável golpe do destino, foi retirado dos destroços ainda com vida. Ele permanece internado em estado grave, mas consciente.

Últimos registros, sorrisos e uma premonição involuntária

Horas antes do embarque, Jamie e Fiongal publicaram em suas redes sociais um vídeo curto. Os dois, sorridentes, aparecem em frente ao saguão de embarque. “Tchau, Índia”, diz Fiongal com um sorriso leve, enquanto Jamie acena para a câmera. A legenda da postagem: “Gratidão por essa jornada. Nos vemos em breve, Londres.”

O vídeo, que inicialmente passou despercebido, viralizou após a confirmação do desastre. Comentários se multiplicaram em questão de horas. “É de partir o coração”, escreveu uma seguidora. “Eles estavam tão felizes… é difícil de acreditar.”

O casal era conhecido em círculos de bem-estar e espiritualidade por liderarem retiros, workshops de meditação e práticas energéticas. Tinham uma comunidade fiel que acompanhava suas viagens e ensinamentos. Para muitos, Jamie e Fiongal representavam uma vida de propósito, leveza e conexão com o mundo.

Mas o destino, imprevisível e implacável, interrompeu essa trajetória com uma violência impossível de prever.

O momento do impacto e as investigações

Relatos de testemunhas no solo descrevem o instante da queda como “surreal”. Uma moradora local, identificada como Kavita Sharma, contou à imprensa que ouviu “um estrondo que parecia um terremoto”. “Vi chamas e uma coluna de fumaça negra. Nunca esquecerei aquele som”, relatou, em prantos.

A aeronave, segundo autoridades, apresentava funcionamento normal até os três minutos iniciais do voo. Em seguida, perdeu altitude abruptamente. O impacto foi tão forte que destruiu parcialmente o edifício atingido e incendiou áreas próximas.

As investigações já estão em curso. Equipes da Direção Geral de Aviação Civil da Índia, em parceria com técnicos da Boeing e da Agência de Aviação Europeia, analisam dados da caixa preta, resgatada no final da tarde. Uma das hipóteses iniciais envolve falha no sistema hidráulico do trem de pouso, o que pode ter comprometido o controle da aeronave ainda em subida.

O acidente é, até o momento, o mais grave envolvendo um Boeing 787 desde a estreia do modelo em 2011 — um jato tido como referência em inovação e segurança.

Dor, homenagens e o peso da despedida

Do lado de fora do aeroporto, velas acesas e flores passaram a se acumular nas grades do portão principal. Muitos que acompanharam a história do casal britânico deixaram cartas, mandalas e mensagens escritas à mão. Uma delas, anônima, dizia: “Vocês partiram como viviam: em paz. Que o céu os receba com luz.”

Familiares de Jamie e Fiongal emitiram uma nota conjunta agradecendo as manifestações de carinho. “Eles estavam exatamente onde queriam estar: compartilhando amor, aprendizado e conexão. Que suas almas encontrem o mesmo conforto que ofereceram a tantos.”

A comoção atravessou fronteiras. Diversos centros de meditação e instituições espirituais em Londres e Edimburgo, cidades onde o casal atuava, organizaram vigílias em homenagem às vítimas.

Enquanto o mundo ainda tenta entender como uma aeronave moderna, em um voo de rotina, pode cair de forma tão devastadora, uma certeza permanece: aquele “Tchau, Índia” foi mais do que uma despedida. Foi o eco de uma tragédia anunciada apenas pelo silêncio que veio depois.

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