Janja recebe duro castigo após mandar recado para Bolsonaro dizendo q… Ver mais

A primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, utilizou suas redes sociais nesta quinta-feira, 07 de agosto, para compartilhar um trecho de seu discurso no plenário do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea). Em tom emotivo, a esposa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva relembrou sua trajetória de mais de duas décadas na luta contra a fome e fez um desabafo contundente sobre a forma como a mídia e a sociedade reagiram à recente conquista brasileira: a saída do país do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
No vídeo divulgado, Janja afirmou que viveu um “filme na cabeça” ao pensar no esforço necessário para reverter o cenário de insegurança alimentar que voltou a assombrar o Brasil nos últimos anos. Apesar da conquista, ela lamentou a baixa repercussão da notícia. “Na semana em que o Brasil sai do mapa da fome, isso não teve a visibilidade que merecia, por tudo que vem acontecendo”, declarou. A fala foi marcada por um misto de orgulho e indignação, reforçando o quanto considera a causa essencial para o futuro do país.
A primeira-dama também aproveitou o momento para direcionar críticas à família Bolsonaro, alvo de investigações e de recentes decisões judiciais. “Eu estou indignada desde aquele dia, de como uma família pode se colocar acima do Brasil. Então, nunca foi pelo Brasil, sempre foi por eles”, disse, em referência indireta ao ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. O comentário, carregado de simbolismo político, ecoou nas redes sociais e gerou intensa repercussão.
Na legenda da publicação, Janja reforçou o compromisso do governo com a segurança alimentar e a erradicação da fome. “Ontem, durante a plenária do Consea, relembrei o quanto a luta contra a insegurança alimentar faz parte da minha vida há mais de vinte anos. Com o Presidente Lula, o Brasil saiu do Mapa da Fome novamente e seguiremos trabalhando para que nosso povo tenha três refeições dignas por dia. Combater a fome é garantir dignidade, justiça social e um futuro melhor para todas as brasileiras e brasileiros”, escreveu.
Enquanto o discurso de Janja mobilizava apoiadores e críticos, outro episódio político incendiava o cenário nacional. Na última segunda-feira, 04 de agosto, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A medida foi motivada pelo descumprimento de medidas cautelares impostas durante investigações que tramitam na Corte. Segundo Moraes, Bolsonaro utilizou, de forma indireta, as redes sociais de aliados e familiares para publicar conteúdos proibidos judicialmente.
Entre as publicações apontadas pelo STF está uma postagem feita no perfil do senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente, no último domingo, 04 de agosto. O conteúdo incentivava atos de apoio ao ex-mandatário e continha mensagens interpretadas como instigação a ataques contra o Supremo Tribunal Federal, além de apoio explícito a uma intervenção estrangeira no Judiciário brasileiro. Após a repercussão e a identificação da violação, a postagem foi removida pelo próprio parlamentar, numa tentativa de minimizar os danos legais.
Moraes foi categórico ao afirmar que houve flagrante desrespeito às ordens judiciais. “O flagrante desrespeito às medidas cautelares foi tão óbvio que, repita-se, o próprio filho do réu, o senador Flávio Nantes Bolsonaro, decidiu remover a postagem realizada em seu perfil, na rede social Instagram, com a finalidade de omitir a transgressão legal”, destacou o ministro em sua decisão. Com o episódio, o ambiente político brasileiro voltou a se polarizar, evidenciando como a disputa por narrativas e a luta por espaço na opinião pública continuam moldando a cena nacional.
