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ELE MERECEU: Homem que cortou as pernas do cavalo por esta cansado, acaba de ser… Ler mais

A decisão recente da Justiça em Bananal, no interior de São Paulo, gerou forte repercussão ao confirmar a condenação de Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz por maus-tratos a um cavalo. O caso, que chamou a atenção pela gravidade dos ferimentos provocados no animal, resultou em uma pena de 11 meses e 18 dias de detenção em regime semiaberto, além de 34 dias-multa. A sentença foi embasada em depoimentos, laudos veterinários e análises técnicas que reforçaram a responsabilidade do réu. Mesmo podendo recorrer em liberdade, a decisão judicial reforça a importância do combate a ações que desrespeitam o bem-estar animal.

Segundo os registros anexados ao processo, o cavalo sofreu cortes profundos enquanto ainda estava vivo, conforme concluído pela perícia veterinária. Esse ponto foi determinante para que o Ministério Público sustentasse a acusação de maus-tratos com severo sofrimento imposto ao animal. A investigação também apontou que havia alternativas para socorro imediato, o que, segundo a magistrada responsável pelo caso, torna ainda mais evidente a negligência e a falta de cuidado de Andrey no momento dos acontecimentos.

A juíza destacou na sentença que, em vez de buscar ajuda quando o cavalo apresentou dificuldades para continuar o trajeto, o réu teria insistido para que o animal se mantivesse de pé. Essa postura foi interpretada como um agravante, pois, naquele momento, o mais adequado teria sido realizar o atendimento necessário ou solicitar auxílio às pessoas que estavam próximas. A conduta adotada, segundo a decisão, demonstrou descaso diante da situação de fragilidade do animal.

Outro ponto enfatizado no processo foi o comportamento de Andrey quando o cavalo caiu novamente. De acordo com o relato da magistrada, o réu teria optado por realizar cortes no animal em condições extremamente delicadas, mesmo percebendo que o cavalo não conseguia reagir. A decisão descreve que essa escolha evidenciou consciência sobre o impacto do ato, afastando qualquer alegação de engano ou equívoco no julgamento das atitudes tomadas naquele momento.

A sentença também menciona o depoimento de uma testemunha que acompanhou parte da ação. Segundo relatado, Andrey teria alertado essa pessoa para não observar o que estava prestes a acontecer, caso ela tivesse “coração sensível”. Essa fala, registrada nos autos, foi interpretada pela juíza como prova de que o réu sabia do caráter inadequado e prejudicial do que faria em seguida. Para a Justiça, isso reforçou a comprovação da intenção e afastou interpretações que pudessem amenizar sua responsabilidade.

No documento final, a magistrada afirma que não restam dúvidas de que duas condutas distintas de maus-tratos ocorreram e que ambas contribuíram para o desfecho trágico do animal. A decisão ressalta que a legislação brasileira prevê punições claras para casos de crueldade contra animais e que o cumprimento das leis é essencial para desencorajar comportamentos desse tipo. A Justiça reforça ainda que a sociedade demanda cada vez mais rigor em situações que envolvem sofrimento animal, tornando decisões como essa fundamentais para estabelecer parâmetros de responsabilidade.

A repercussão do caso em Bananal reacende debates sobre proteção animal, políticas públicas e conscientização da população. Organizações de defesa dos animais consideram que decisões firmes do Judiciário ajudam a dar visibilidade ao tema e a prevenir novas ocorrências. Para muitos moradores e internautas que acompanharam o caso, o episódio serve como alerta sobre a importância de denunciar e intervir sempre que situações suspeitas de maus-tratos forem identificadas. A sentença, apesar de permitir recurso em liberdade, representa um marco importante em meio às discussões sobre o tratamento digno que deve ser garantido a todos os animais.