Notícias

ELE MERECEU: Homem que agrediu mulher com 60 socos acabou sendo… Ver mais

Na última semana, uma brutal agressão chocou moradores de Natal, no Rio Grande do Norte. Igor Eduardo Pereira Cabral, de 29 anos, ex-jogador de basquete, foi preso após desferir 61 socos contra sua namorada, Juliana Garcia dos Santos Soares, de 35 anos, dentro de um elevador de um condomínio da cidade. A violência extrema deixou a vítima gravemente ferida e colocou o agressor no centro de um debate urgente sobre violência doméstica e medidas de proteção no sistema prisional.

O caso ganhou repercussão nacional não apenas pela brutalidade da agressão, mas também pela reação da defesa de Igor. Em um pedido encaminhado à Justiça, os advogados do agressor solicitaram que ele seja mantido em uma cela isolada, alegando que sua integridade física estaria ameaçada. Segundo a defesa, Igor teria recebido ameaças de uma facção criminosa dentro da cadeia, o que justificaria o pedido para um regime de isolamento, supostamente para preservar sua vida.

Atualmente, Igor está na Central de Recebimento e Triagem (CRT) de Parnamirim, região metropolitana de Natal, onde divide cela com seis outros presos. Entretanto, a Secretaria de Administração Penitenciária esclareceu que ele está em uma “cela de seguro”, um ambiente com menor número de detentos e condições específicas para garantir maior segurança. A secretaria também explicou que a permanência na CRT é parte de um processo padrão para avaliação médica, social e psicológica dos presos antes da transferência para uma unidade definitiva.

Enquanto isso, a família de Igor se viu obrigada a emitir uma nota pública para se distanciar dos atos cometidos pelo acusado. Em comunicado oficial, os parentes afirmaram que não têm qualquer responsabilidade sobre o crime e pediram respeito à sua dignidade, ressaltando que são trabalhadores comuns e vítimas do impacto gerado pela situação. Nas redes sociais, locais ligados a Igor foram alvo de pichações com ameaças, aumentando a tensão em torno do caso.

Do outro lado, a vítima Juliana enfrenta um longo caminho de recuperação. Gravemente ferida, ela sofreu múltiplas fraturas — no nariz, mandíbula, estrutura óssea do globo ocular, bochecha e base superior do maxilar — e está submetida a uma cirurgia de reconstrução facial. Inicialmente marcada para o dia 29 de julho, a operação precisou ser adiada devido a um edema causado pelas agressões. Juliana, que hoje se alimenta apenas com refeições líquidas e pastosas, relatou que o ataque começou após Igor ter visto uma mensagem em seu celular, o que desencadeou uma briga violenta.

Testemunhas e a própria Juliana relataram que, após o desentendimento, ela tentou se proteger dentro do elevador do prédio, recusando-se a sair diante do comportamento agressivo do namorado. Foi nesse espaço confinado que Igor desferiu os 61 socos que resultaram em ferimentos graves. A polícia confirmou que o acusado responderá por tentativa de feminicídio, agravando ainda mais a gravidade do caso.

Este episódio traz à tona questões cruciais sobre o tratamento dado a agressores dentro do sistema prisional e a necessidade de proteção para vítimas de violência doméstica. O pedido de isolamento feito pela defesa de Igor, amparado em supostas ameaças, contrasta com o sofrimento da vítima e levanta debates sobre justiça e segurança no cárcere. O sistema prisional enfrenta desafios para lidar com presos perigosos sem comprometer a integridade física dos envolvidos.

Enquanto a Justiça avalia as providências necessárias para garantir a segurança do acusado e a continuidade do processo legal, a sociedade acompanha com atenção o desdobramento deste caso emblemático. A violência doméstica continua sendo um problema grave e urgente, que exige respostas rápidas e eficazes das autoridades, além de conscientização e apoio às vítimas. A luta contra a impunidade e pela proteção das mulheres deve ser prioridade absoluta.