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Criança dada como M0RT4 acorda em seu próprio velório e diz ao pai q… Ver mais

Correia Pinto (SC) — O que deveria ser um momento de despedida silenciosa se transformou em uma cena que beira o inacreditável. Na noite do último sábado (19), familiares de uma bebê de apenas oito meses, declarada morta horas antes, afirmaram ter presenciado um movimento inesperado: a menina teria mexido a mão dentro do caixão. O velório, até então marcado pelo luto, foi tomado por gritos, correria e uma faísca de esperança que durou pouco — mas deixou um país inteiro perplexo.

Agora, em meio à dor e à comoção, um enigma se desenha: teria a bebê sido enterrada viva, ou tudo não passou de um trágico engano fisiológico?

Do luto à surpresa: o que aconteceu dentro da capela

Era por volta das 19h quando os bombeiros militares foram acionados pela família, já reunida na capela de velórios. Segundo relatos, uma movimentação mínima da mão da menina chamou a atenção dos presentes. Um farmacêutico que também estava no local usou um oxímetro infantil e, pasmem, o aparelho indicou sinais vitais — inclusive batimentos cardíacos.

Os bombeiros confirmaram a presença de batimentos fracos e ausência de rigidez nas pernas, o que contrariava o diagnóstico de morte emitido pela manhã. De imediato, a criança foi levada às pressas ao Hospital Faustino Riscarolli, onde horas antes havia sido declarado o óbito.

A nova ida ao hospital e a segunda confirmação de morte

No hospital, a equipe médica realizou novos exames. O oxímetro registrava 84% de saturação de oxigênio e 71 batimentos por minuto — dados que, à primeira vista, indicariam alguma atividade cardíaca. Mas, logo em seguida, o eletrocardiograma apontou a ausência total de atividade elétrica no coração.

A menina, então, foi novamente declarada morta. Dessa vez, sem margem para dúvidas — ao menos, de acordo com os profissionais de saúde presentes.

Uma faísca de esperança esmagada

Cristiano Santos, pai da pequena Kiara Crislayne, mal conseguia articular as palavras ao conversar com a imprensa. “A gente já estava muito transtornado… Aí surgiu aquela esperança e depois tudo isso… É difícil”, resumiu, visivelmente abalado.

A possibilidade de um erro médico — ou algo ainda mais complexo — trouxe não apenas o desespero da perda, mas a dor da dúvida.

A cronologia dos fatos: do hospital ao mistério

A bebê deu entrada no hospital por volta das 3h da madrugada de sábado. A equipe de plantão atestou o óbito e liberou o corpo para os trâmites funerários. A família levou a menina para casa, deu banho, vestiu a pequena com uma roupinha escolhida com carinho, e a colocou na urna. O velório começou por volta das 7h.

Mas foi quase 12 horas depois que tudo mudou.

Segundo o dono da funerária São José, Áureo Arruda Ramos, o chamado de volta ao velório ocorreu às 18h. “Disseram que o bebê apertava a mãozinha. Eu orientei: ‘Chamem os bombeiros imediatamente’”, contou.

E assim foi feito.

O que diz a ciência: é possível se mexer após a morte?

A explicação para o aparente “milagre” pode estar em um fenômeno conhecido pela medicina forense. Segundo o pediatra João Guilherme Bezerra Alves, movimentos involuntários após a morte não são incomuns, especialmente em crianças pequenas.

“Espasmos musculares, contrações residuais e até liberação de gases podem causar movimentos perceptíveis. São chamados de espasmos cadavéricos ou rigor mortis precoce. Embora pareça vida, não significa atividade neurológica real”, explicou.

Ainda assim, ele reconhece que tais casos são extremamente sensíveis e requerem total cautela nas análises.

Investigação e perícia: respostas podem demorar até 30 dias

O caso, que rapidamente ganhou repercussão nacional, está agora sob os cuidados da Polícia Científica de Santa Catarina, que deverá emitir um laudo conclusivo em até 30 dias. O Ministério Público do estado também determinou a abertura de apuração formal sobre as circunstâncias da morte.

A Prefeitura de Correia Pinto divulgou uma nota oficial reiterando a confiança na equipe médica do hospital e afirmando que todos os protocolos foram seguidos. Ainda assim, prometeu transparência total durante as investigações.

Um país em choque — e uma família em busca de paz

Enquanto a ciência trabalha para oferecer respostas, fica no ar um sentimento que mistura perplexidade, dor e indignação. A imagem da bebê mexendo a mão em seu próprio velório continuará assombrando os familiares — e, agora, também os brasileiros que acompanharam o caso com o coração na mão.

Será que houve erro humano? Uma reação biológica incomum? Ou, quem sabe, uma chance de milagre interrompida pela incredulidade?

A única certeza, por ora, é que a pequena Kiara Crislayne descansará duas vezes — e que o silêncio do caixão, neste caso, ainda fala mais alto do que qualquer diagnóstico.