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Comunicamos a morte da cabo do exército Maria Freire, ass4ssin@da após ser… Ler mais

A Polícia Civil do Distrito Federal confirmou, neste sábado (6), que um soldado de 21 anos assumiu ter sido o responsável pela morte da cabo Maria de Lourdes Freire Matos, de 25 anos, além de ter provocado o incêndio que atingiu um quartel do Exército na sexta-feira (5). A informação, dada oficialmente pelo delegado Paulo Noritaka, reforça a gravidade do caso, que mobilizou equipes de investigação desde as primeiras horas após o incidente. A repercussão ganhou força nas redes sociais e levantou questionamentos sobre a segurança interna das unidades militares.

De acordo com os investigadores, a confissão ocorreu ainda durante o flagrante, na 2ª Delegacia de Polícia. O soldado teria relatado detalhes sobre as circunstâncias que antecederam a morte da cabo e admitido ter iniciado o foco de fogo no alojamento. As apurações técnicas e periciais continuam em andamento para esclarecer todos os passos que levaram à sequência dos acontecimentos. A Polícia Civil informou que está cruzando as declarações do suspeito com evidências coletadas no local, o que deve ajudar a reconstruir a cronologia exata dos fatos.

A cabo Maria de Lourdes, que integrava o Exército havia alguns anos, era vista por colegas como uma profissional dedicada e reconhecida pelo empenho na rotina militar. Sua morte causou comoção entre familiares, amigos e membros da corporação. Grupos de colegas se manifestaram em redes sociais, expressando condolências e pedindo que a investigação avance com rigor. A própria instituição militar também fez uma nota oficial, lamentando o ocorrido e afirmando que está contribuindo com todas as informações necessárias às autoridades.

O incêndio registrado no quartel, ocorrido poucas horas após o episódio envolvendo a militar, trouxe ainda mais preocupação, já que parte da estrutura precisou ser isolada. Embora as chamas tenham sido controladas rapidamente, o fato mobilizou equipes internas e externas de combate ao fogo. As perícias estão avaliando os danos materiais e buscando determinar de maneira precisa de que forma as chamas começaram. Esse ponto é fundamental para confirmar integralmente se o incêndio foi provocado de maneira intencional, como afirmou o próprio suspeito.

Segundo o delegado Noritaka, o caso foi imediatamente classificado como feminicídio devido às características identificadas na investigação inicial. A tipificação reforça que a motivação pode estar relacionada a questões de gênero, o que amplia a responsabilidade das instituições na condução das apurações. Para especialistas, o enquadramento jurídico nesse tipo de crime ajuda a direcionar a investigação para elementos específicos, como históricos de comportamento, relações interpessoais e possíveis sinais prévios que poderiam ter indicado risco à vítima.

Enquanto a investigação avança, o clima no quartel permanece de silêncio e cautela. O Exército afirma que está colaborando com a Polícia Civil e que abriu procedimentos internos para compreender se havia sinais que poderiam ter alertado superiores sobre qualquer tensão entre o soldado e a cabo. As forças armadas ressaltam que mantêm protocolos de disciplina e acompanhamento, mas que sempre avaliam a necessidade de melhorias nos mecanismos de prevenção e apoio emocional aos militares.

Nas próximas semanas, depoimentos de testemunhas, análises de câmeras de segurança, laudos técnicos e documentos internos devem ajudar a esclarecer todos os detalhes do caso. A sociedade aguarda respostas completas e transparentes, especialmente diante da repercussão que o episódio alcançou. A morte de Maria de Lourdes abre espaço para debates sobre a importância de políticas de prevenção e proteção para mulheres dentro de instituições públicas, incluindo ambientes militares. A expectativa é que o inquérito seja concluído com celeridade, trazendo clareza aos envolvidos e às famílias afetadas.