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COM CANCÊR: Em suas redes sociais Preta Gil se despede, e decide partir p… Ver mais

Um voo silencioso, um destino incerto — mas carregado de esperança. Aos 50 anos, Preta Gil embarcou rumo aos Estados Unidos nesta semana para mais um capítulo de uma batalha que, para ela, ainda está longe de terminar.

Na última terça-feira (13), Preta surgiu nas redes sociais revelando que havia desembarcado em Washington, nos Estados Unidos. O que poderia parecer apenas uma viagem rotineira esconde, na verdade, uma urgência vital. A cantora, que desde janeiro de 2023 trava uma guerra contra o câncer, cruzou o oceano em busca de um tratamento inovador, promissor, e ainda em fase final de estudos. Um tratamento que, segundo ela própria, não existe — ainda — no Brasil.

E é aí que a história ganha contornos de drama, resistência e coragem.

O início da batalha

Foi no começo de 2023 que Preta Gil recebeu o diagnóstico de câncer no intestino. A notícia caiu como uma bomba para os fãs e amigos, mas, principalmente, para ela e sua família. Desde então, a artista passou por inúmeras cirurgias e etapas exaustivas de tratamento. Em dezembro do mesmo ano, veio o alívio: o tumor havia sido removido e o tratamento, encerrado com sucesso.

Mas a calmaria durou pouco.

Em agosto de 2024, novos exames de rotina trouxeram uma revelação cruel: a doença havia voltado — desta vez, com metástase. O câncer, agora mais agressivo, havia se espalhado para outras partes do corpo. O baque emocional foi imenso. Mas, fiel à sua essência combativa, Preta não se deixou abater. E foi aí que uma decisão radical entrou em cena.

Fora do Brasil, uma nova esperança

Não é segredo que a medicina norte-americana, especialmente nos centros de pesquisa de Washington e Nova York, lidera avanços na oncologia mundial. Foi justamente a promessa de um tratamento de ponta — ainda não aprovado em muitos países — que motivou a cantora a deixar o Brasil.

“Minhas chances de cura estão fora daqui”, disse ela em uma publicação sincera, sem disfarçar a gravidade da situação, mas também sem perder a esperança.

A cantora embarcou sozinha, mas não está solitária. Seus seguidores, familiares e admiradores têm acompanhado cada passo dessa jornada por meio das redes sociais. A artista compartilha reflexões, imagens e relatos que, além de informarem, emocionam.

A cirurgia que chocou o país

Um dos episódios mais marcantes dessa luta ocorreu em dezembro de 2024, quando Preta passou por uma cirurgia de impressionantes 21 horas. O procedimento, realizado em um hospital de referência, foi considerado de altíssimo risco. “Foi a noite mais longa da minha vida”, declarou um dos familiares na época.

Os médicos conseguiram remover novos focos da doença, mas deixaram claro: a luta ainda não havia terminado.

A força de um legado

Filha de um dos maiores nomes da música brasileira, Gilberto Gil, Preta herdou muito mais do que talento: herdou também uma força de espírito rara. Ao longo de sua trajetória, sempre se mostrou uma mulher de posicionamento firme, comprometida com causas sociais e feministas. Agora, mais do que nunca, essa garra é posta à prova.

Em meio à fragilidade física, é sua alma que se mantém intacta — e, em muitos momentos, até mais forte. “Estou viva, cheia de planos e fé”, escreveu em um de seus posts recentes.

Um futuro em construção

Embora o tratamento nos Estados Unidos ainda esteja em fase experimental, os resultados preliminares têm dado bons sinais. Preta Gil se submeteu a uma bateria de exames e iniciou a nova medicação nesta semana. Médicos americanos que acompanham o caso se dizem otimistas, embora cautelosos. O protocolo inclui imunoterapia, drogas de última geração e acompanhamento integral.

Enquanto isso, do outro lado do continente, o Brasil observa, torce e se inspira. A cada novo vídeo, a cada texto postado, Preta Gil transforma sua luta pessoal em um ato coletivo de resistência e esperança. Ela tem usado sua visibilidade para chamar atenção à importância da prevenção, do diagnóstico precoce e, sobretudo, do acesso a tratamentos de ponta.

Um caminho sem garantias, mas cheio de fé

A história de Preta Gil está longe de acabar. E, apesar de não sabermos ainda qual será o desfecho, uma coisa é certa: ela não caminha sozinha. Milhares de pessoas acompanham sua jornada como quem acompanha uma heroína real, humana, vulnerável — mas imensamente forte.

Sua viagem para os Estados Unidos não é uma fuga. É um avanço. Um passo corajoso rumo ao desconhecido. Um ato de fé na ciência e na vida.

Porque, às vezes, é justamente no meio da escuridão que a luz começa a aparecer. E Preta Gil, mais do que nunca, está determinada a segui-la.