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Chega triste notícia sobre o estado de saúde de Bolsonaro, ele pediu a Moraes q… Ler mais

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de 70 anos, voltou ao centro do debate público após apresentar um novo pedido ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Nesta terça-feira (18.nov.2025), a defesa do ex-presidente solicitou autorização para que ele receba atendimento dermatológico em sua residência, localizada no condomínio Solar de Brasília, no Jardim Botânico. Desde o dia 4 de agosto, Bolsonaro cumpre prisão domiciliar no local, e sua equipe jurídica afirma que a medida é indispensável para garantir a continuidade adequada do acompanhamento médico. A solicitação, mais uma vez, coloca luz sobre o estado de saúde do ex-presidente e a rotina sob as restrições impostas pela Justiça.

Segundo os advogados, a necessidade de atendimento em casa se deve à complexidade do quadro dermatológico. Bolsonaro teve diagnosticado carcinoma de células escamosas “in situ” em duas das oito lesões retiradas durante procedimento realizado em 14 de setembro, quando esteve internado no Hospital DF Star. Esse tipo de carcinoma, embora em estágio inicial, exige monitoramento constante e cuidados especializados para evitar evolução ou novos episódios. A equipe médica que acompanha o ex-presidente recomendou avaliação periódica, o que motivou o pedido direcionado ao STF.

A defesa argumenta que deslocamentos frequentes até unidades hospitalares poderiam representar riscos à segurança e também gerar impacto desnecessário sobre a logística do cumprimento da prisão domiciliar. Por isso, segundo os advogados, o caminho mais seguro e eficiente seria permitir que o especialista responsável pelo tratamento fosse até a residência. O documento enviado ao STF reforça que os atendimentos não teriam qualquer relação com questões políticas ou administrativas, concentrando-se exclusivamente no cuidado médico e na preservação da saúde do ex-presidente.

O pedido surge em um momento em que Bolsonaro já enfrenta restrições significativas em função de outras determinações judiciais. A rotina no condomínio Solar de Brasília, onde ele está desde agosto, inclui regras específicas para visitas, uso de comunicação e horários de deslocamento interno. Qualquer ajuste na rotina, mesmo que por motivos de saúde, depende de autorização judicial. Por isso, a solicitação entregue a Moraes é vista pela defesa como um procedimento formal essencial para evitar qualquer descumprimento involuntário das condições impostas ao ex-presidente.

Especialistas em direito consultados por veículos de imprensa avaliam que o pedido não é incomum em casos de prisão domiciliar envolvendo pessoas com doenças que demandam tratamento contínuo. Entretanto, lembram que a autorização depende da análise técnica e jurídica do ministro responsável, que pode solicitar laudos adicionais antes de conceder ou negar o pedido. A expectativa gira em torno de uma decisão que concilie o cumprimento das medidas judiciais com a garantia de atendimento médico adequado, tema sensível sobretudo quando envolve pacientes com histórico clínico complexo.

A saúde de Bolsonaro tem sido assunto recorrente desde que deixou a Presidência da República. Ao longo dos últimos anos, ele passou por diversos procedimentos médicos, internações e avaliações que geraram atenção pública e debates nas redes sociais. O diagnóstico recente de carcinoma reacendeu preocupações e levou apoiadores e críticos a se manifestarem sobre a necessidade de um acompanhamento especializado rigoroso. Enquanto isso, sua equipe busca transmitir tranquilidade, afirmando que o tratamento está evoluindo de maneira adequada e que o pedido ao STF visa apenas facilitar o trabalho dos médicos responsáveis.

O Supremo Tribunal Federal ainda não se pronunciou sobre o pedido, e a expectativa é de que a análise ocorra nos próximos dias. Caso a autorização seja concedida, Bolsonaro poderá seguir seu tratamento sem a necessidade de deslocamentos constantes, o que, segundo a defesa, ajudaria a preservar sua estabilidade clínica. A decisão também deverá servir de referência para futuros procedimentos envolvendo pessoas em situação semelhante. Até lá, o caso continua atraindo atenção nacional e ampliando o debate sobre como conciliar questões judiciais com demandas de saúde em momentos delicados da vida pública e privada.