Política

Chega triste notícia sobre a querida Michelle Bolsonaro, ela quase foi… Ver mais

O mês passado ficou marcado por mais um episódio tenso envolvendo a família Bolsonaro e a Polícia Federal. Durante a operação que cumpria mandados de busca e apreensão contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, um momento inesperado quase mudou o rumo da ação. Segundo apuração publicada pelo colunista Lauro Jardim, de O Globo, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro perdeu o controle ao tentar impedir o trabalho dos agentes e, por pouco, não acabou detida em flagrante. O incidente ocorreu na residência da família, em Brasília, no mesmo momento em que Bolsonaro recebia uma tornozeleira eletrônica por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com testemunhas presentes, a tensão já era visível antes mesmo da chegada dos policiais. A casa estava em clima de apreensão, e a movimentação incomum despertava a curiosidade dos vizinhos. Quando os agentes da PF iniciaram o cumprimento das ordens judiciais, a reação de Michelle foi imediata: ela se aproximou de um dos policiais e, de forma abrupta, tentou arrancar o celular de suas mãos. O gesto, considerado uma tentativa de obstrução de trabalho, fez com que os agentes cogitassem detê-la naquele instante.

Fontes ligadas à operação afirmam que o episódio foi classificado como um verdadeiro “chilique” por parte da ex-primeira-dama. Embora a expressão carregue um tom popular, ela traduz o nível de exaltação que tomou conta da cena. A tentativa de impedir a ação, somada ao clima já hostil, obrigou a equipe da PF a agir com firmeza, mas também com cautela, para evitar que a situação fugisse completamente do controle. Segundo a reportagem, apenas a intervenção de pessoas próximas impediu que Michelle fosse conduzida à delegacia.

O momento mais sensível da operação ocorreu enquanto Bolsonaro era informado sobre as medidas impostas pelo STF e recebia a tornozeleira eletrônica. Essa determinação foi interpretada como um duro golpe político e simbólico, o que, de acordo com pessoas próximas à família, teria contribuído para o comportamento exaltado de Michelle. O contexto emocional, no entanto, não muda o fato de que a ação da ex-primeira-dama poderia ter consequências legais imediatas. A legislação prevê prisão em flagrante para quem tenta impedir ou dificultar o trabalho da polícia.

Toda a operação foi registrada em vídeo pela própria Polícia Federal, como parte dos procedimentos padrão para garantir transparência e segurança. Segundo a apuração de Lauro Jardim, essas imagens chegaram a estar próximas de divulgação pública, especialmente após Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro sugerirem que um pen drive encontrado no banheiro da casa poderia ter sido “plantado” por agentes. A suspeita levantada pelos dois aumentou a tensão e gerou debates acalorados nas redes sociais, mas o material gravado não foi tornado público oficialmente.

A decisão de manter o vídeo sob sigilo, de acordo com fontes internas, foi estratégica. Havia o receio de que a divulgação inflamasse ainda mais a polarização política e gerasse interpretações distorcidas sobre a conduta dos envolvidos. Ao mesmo tempo, dentro da própria PF, houve quem defendesse que as imagens poderiam desmontar narrativas falsas e reforçar a legitimidade da operação. O impasse demonstra o cuidado com que o caso vem sendo tratado, tanto no âmbito jurídico quanto no político.

O episódio envolvendo Michelle Bolsonaro acrescenta mais um capítulo à série de embates entre a família do ex-presidente e as instituições de investigação e controle. Para analistas políticos, a cena é simbólica: mostra como a tensão entre os Bolsonaro e o sistema judicial permanece alta, mesmo após o fim do mandato presidencial. Enquanto os desdobramentos jurídicos seguem em curso, o incidente em Brasília revela não apenas a pressão que recai sobre o núcleo familiar, mas também como as emoções — e os gestos impensados — podem alterar drasticamente o rumo de uma operação policial.