BOMBA: Brasileiros decidem dar duro castigo a Trump após ele tar… Ver mais

A partir desta sexta-feira, 1º de agosto, o Brasil testemunhará uma mobilização inédita nas redes sociais: um “boicotaço” nacional contra produtos norte-americanos. O movimento, que ganhou tração nos últimos dias, surge como resposta popular às recentes sanções econômicas impostas pelo governo dos Estados Unidos ao Brasil. O alvo: grandes marcas de refrigerantes, redes de fast-food, empresas de tecnologia e gigantes do e-commerce norte-americano.
A campanha, articulada de forma orgânica por internautas indignados, tomou conta das plataformas digitais com hashtags como #BoicoteEUA e #BrasilUnido, refletindo o clima de tensão crescente entre os dois países. Circula na internet uma lista com mais de 100 produtos de origem americana que deveriam ser ignorados pelos consumidores brasileiros. A orientação é clara: deixar de consumir, compartilhar e até mencionar essas marcas como forma de protesto.
O estopim foi a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que atualmente lidera a ala conservadora no Congresso norte-americano e mantém grande influência sobre a política externa do país. As novas taxas entram em vigor justamente nesta sexta-feira, dia em que o boicote terá início oficial.
Reação em Cadeia
A decisão de Trump foi considerada um ataque direto ao setor produtivo brasileiro. Em sua justificativa, o ex-presidente americano afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) estaria agindo de maneira “arbitrária” contra Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente do Brasil e aliado político de Trump. Além disso, o republicano acusou o Brasil de manter uma relação comercial “injusta” com os Estados Unidos.
A resposta popular veio com força. No X (antigo Twitter), milhares de usuários brasileiros postaram vídeos esvaziando garrafas de refrigerante, deletando aplicativos de empresas norte-americanas e substituindo produtos por versões nacionais ou de outras origens. O movimento também reacendeu o debate sobre o consumo consciente e a dependência de marcas estrangeiras.
“Não é só sobre tarifas, é sobre respeito. O Brasil não pode continuar aceitando esse tipo de chantagem econômica disfarçada de política externa”, comentou um dos organizadores virtuais da campanha, em um vídeo que alcançou mais de 2 milhões de visualizações em menos de 24 horas.
Esforços Diplomáticos
A ofensiva tarifária dos Estados Unidos mobilizou também as estruturas formais do governo brasileiro. Uma comitiva de senadores, liderada por Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado (CRE), viajou a Washington na última semana na tentativa de reverter as sanções.
O vice-presidente Geraldo Alckmin também tentou contato direto com membros do governo norte-americano para intermediar um diálogo. No entanto, segundo o próprio presidente Lula, a disposição para conversas tem sido escassa. “Ninguém quer falar com Alckmin”, declarou Lula em tom de frustração na sexta-feira passada (25).
Enquanto isso, as medidas retaliatórias ganham eco na população, sinalizando uma possível mudança no comportamento de consumo dos brasileiros diante de crises internacionais.
Precedentes e Repercussão Internacional
O Brasil não está sozinho nessa estratégia. Em março deste ano, o Canadá promoveu um boicote semelhante após sofrer ameaças tarifárias de Trump. À época, a campanha canadense teve resultados práticos, gerando queda no consumo de diversos produtos norte-americanos e pressionando empresas a se posicionarem publicamente contra as medidas do ex-presidente.
A iniciativa brasileira, agora, segue os mesmos passos. O boicote já chegou a trending topics internacionais e passou a ser analisado por especialistas em comércio exterior. “A mobilização popular pode não afetar diretamente os números do comércio bilateral em curto prazo, mas representa um sinal claro de desgaste da imagem americana no Brasil”, avalia a economista Mariana Peres, da Fundação Getulio Vargas (FGV).
E Agora?
A grande dúvida é se o boicote será pontual ou se marcará uma mudança duradoura no comportamento dos consumidores. Em tempos de redes sociais, ações como essa se espalham rapidamente, mas também correm o risco de se esvaziarem com a mesma velocidade. Ainda assim, o impacto simbólico é inegável.
As próximas semanas serão decisivas. Enquanto o governo brasileiro tenta manter os canais diplomáticos abertos, a sociedade civil envia um recado direto aos Estados Unidos: tarifas têm consequências — e não apenas econômicas.
Se o boicote irá gerar uma reviravolta nas sanções impostas, ainda é incerto. Mas o que já está claro é que o Brasil acordou para o peso da sua voz coletiva. E agora, o consumidor tem em mãos mais do que um carrinho de compras: tem uma ferramenta de protesto.
