Política

Moraes venceu? Chega notícia sobre Trump, Lula choca ao dizer q… Ler mais

Nos bastidores de Brasília, um novo movimento começou a ganhar força e tem despertado atenção dentro e fora do governo federal. A equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou a acreditar que os Estados Unidos podem rever, ainda nas próximas semanas, as sanções aplicadas a algumas autoridades brasileiras. Esse sentimento ganhou impulso após sinais de mudança no discurso da administração norte-americana, agora sob o comando de Donald Trump. A possibilidade de flexibilização dessas medidas reacendeu debates diplomáticos e abriu espaço para projeções otimistas entre integrantes do Palácio do Planalto.

Entre as principais apostas do governo brasileiro está a expectativa de que Washington revogue a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, e sua esposa, a advogada Viviane Barci. A legislação, criada para punir violações de direitos e atos considerados incompatíveis com princípios democráticos, foi utilizada pelos Estados Unidos para impor restrições a personalidades de diferentes países. No entanto, interlocutores próximos a Lula avaliam que o novo cenário político norte-americano pode favorecer uma reavaliação do caso brasileiro, especialmente após recentes conversas entre as duas lideranças.

Além da situação envolvendo Moraes, auxiliares de Lula esperam que outros integrantes do governo também sejam beneficiados por uma eventual revisão das penalidades. Entre as medidas impostas pelos Estados Unidos está a suspensão de vistos de turismo, o que impediu a entrada de ministros brasileiros em território americano. Para setores da diplomacia nacional, a suspensão dessas restrições seria um gesto relevante de aproximação, indicando um reequilíbrio na relação entre os dois países e reforçando a disposição de Trump em reconstruir pontes com parceiros estratégicos da América Latina.

O clima de otimismo ganhou força após a conversa telefônica entre Lula e Trump, realizada na última terça-feira (2/12). O diálogo, mantido em caráter reservado, foi interpretado pelo governo brasileiro como um sinal de abertura para futuras negociações. Segundo fontes do Planalto, Lula utilizou o telefonema para defender a importância de uma relação estável com os Estados Unidos, destacando que medidas restritivas contra autoridades brasileiras acabam produzindo ruídos desnecessários entre as duas nações. Para o governo, a conversa direta entre os presidentes representa um avanço significativo na construção de um ambiente mais favorável.

Curiosamente, foi o próprio Trump quem acabou dando publicidade ao diálogo. Em encontro com jornalistas, o presidente americano comentou ter abordado o tema das sanções durante sua conversa com Lula. A fala, que repercutiu em veículos internacionais, foi encarada pela diplomacia brasileira como um sinal positivo. Ao tratar o assunto publicamente, Trump demonstrou disposição para reavaliar a postura adotada anteriormente pelos Estados Unidos, abrindo espaço para que novas tratativas avancem de maneira transparente.

O possível recuo das sanções não é visto apenas como um gesto diplomático, mas também como uma oportunidade para fortalecer a cooperação entre os dois países em áreas como economia, segurança, meio ambiente e tecnologia. Analistas avaliam que a retomada do diálogo pode destravar agendas que estavam paralisadas e facilitar acordos de interesse mútuo. A Casa Branca, por sua vez, teria interesse em estreitar laços com o Brasil, país que ocupa posição estratégica tanto no cenário regional quanto no comércio internacional.

Apesar do clima de confiança, auxiliares de Lula reconhecem que o processo não deve ser encarado como uma conclusão antecipada. A diplomacia trabalha com prudência, evitando criar expectativas excessivas antes de um anúncio oficial por parte do governo norte-americano. Ainda assim, o avanço das conversas, o novo contexto político em Washington e a sinalização pública de Trump alimentam a percepção de que a relação entre os dois países pode entrar em uma fase mais construtiva. Caso a revogação das sanções se concretize, o gesto poderá marcar um momento simbólico para a diplomacia brasileira, reforçando a ideia de que o diálogo direto continua sendo uma das ferramentas mais importantes para a solução de impasses internacionais.