Política

Olha só o que a Janja disse sobre Bolsonaro, falou que ele é um… Ler mais

A presença da primeira-dama Janja da Silva na COP30, realizada nesta terça-feira (18), chamou atenção não apenas pela agenda ambiental, mas também por um momento delicado durante uma entrevista. Questionada sobre a possibilidade de prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, Janja adotou uma postura cautelosa e preferiu não se aprofundar no assunto. Com serenidade, afirmou que “não vai comentar”, justificando que essa é uma questão que cabe exclusivamente ao Judiciário. A resposta, breve e direta, evidenciou a estratégia da primeira-dama de evitar alimentar debates que possam intensificar o ambiente político já acalorado no país.

Janja tem desempenhado papel de destaque na conferência, especialmente após assumir a função de enviada especial para temas relacionados às mulheres dentro das discussões climáticas. A missão envolve promover engajamento feminino em áreas ligadas à sustentabilidade, tecnologia limpa e políticas de mitigação ambiental. Sua atuação nessa posição tem sido vista como um esforço para ampliar a participação social dentro das negociações internacionais e fortalecer o protagonismo das mulheres em agendas globais.

Mesmo diante de temas espinhosos, a primeira-dama tem se mantido fiel ao foco principal de sua presença na COP30. Ao optar por não comentar diretamente sobre Bolsonaro, ela evita se envolver em disputas políticas que possam tirar atenção da pauta climática e do papel que desempenha no evento. Essa postura demonstra não apenas cuidado com a comunicação institucional, mas também compreensão sobre a repercussão que suas palavras podem gerar, especialmente num cenário público altamente sensível.

Durante sua passagem pelos estandes e debates da conferência, Janja também fez declarações relevantes sobre a transição energética no Brasil. Segundo ela, o processo de redução do uso de combustíveis fósseis não ocorrerá de forma imediata, mas deve ser construído gradualmente e com responsabilidade social. A fala reforça a compreensão de que mudanças estruturais exigem planejamento, investimento e participação conjunta de governos, empresas e sociedade. Ao abordar o tema com pragmatismo, a primeira-dama busca conectar debates ambientais à realidade econômica e tecnológica do país.

Janja também protagonizou momentos mais descontraídos ao circular entre jornalistas e membros da imprensa que cobriam o evento. Em tom leve e irônico, comentou sobre os preços elevados de alguns itens vendidos nos estandes, arrancando risadas de quem acompanhava seu trajeto. Essa combinação entre informalidade e firmeza tem sido uma marca de sua atuação pública, aproximando-a de diferentes públicos sem perder o senso de responsabilidade institucional.

Outro ponto que ganhou destaque foi o pedido de desculpas da primeira-dama aos artistas e participantes do evento devido às altas temperaturas registradas na região que sedia a COP30. Janja demonstrou empatia ao reconhecer as condições climáticas desafiadoras enfrentadas por quem participa das atividades e lembrou que o calor intenso é parte da rotina das populações da Amazônia. O gesto simples, porém simbólico, reforça a importância de pensar políticas ambientais que levem em conta o cotidiano das comunidades que vivem em áreas altamente afetadas pelas mudanças climáticas.

No conjunto, a postura de Janja da Silva na COP30 revela uma figura pública que procura equilibrar sensibilidade social, humor, posicionamento institucional e foco no tema ambiental. Ao evitar comentar questões de natureza jurídica envolvendo Bolsonaro, ela demonstra cuidado para não deslocar o eixo das discussões climáticas para o campo político-partidário. Sua atuação reforça a ideia de que a conferência deve ser um espaço de construção coletiva e de busca por soluções para desafios globais, mantendo o debate em torno da sustentabilidade como prioridade absoluta. Com isso, a primeira-dama se consolida como uma voz ativa na articulação de políticas voltadas ao meio ambiente e à inclusão social, contribuindo para ampliar o alcance e a relevância da COP30 no cenário internacional.