Trump faz ameaças e diz que EUA esta preparado para uma guerra nuclear caso… Ver mais

Em mais uma escalada verbal que acende alertas ao redor do mundo, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (01) que o país está “totalmente preparado” para um conflito nuclear contra a Rússia. A declaração veio como resposta direta ao ex-presidente russo Dmitry Medvedev, que mencionou a possível ativação do sistema de retaliação soviético conhecido como “Mão Morta”, um dispositivo de resposta automática a ataques nucleares. Em um cenário global já marcado por instabilidade, a troca de ameaças reacende temores da Guerra Fria e coloca a comunidade internacional em estado de atenção máxima.
A resposta contundente de Trump foi acompanhada por um anúncio estratégico: o envio de submarinos com capacidade nuclear para posições não reveladas, sob o argumento de “dissuasão e defesa”. Segundo o ex-presidente, as declarações de Medvedev foram “imprudentes e provocativas”, exigindo uma demonstração firme do poder militar norte-americano. “Os Estados Unidos estão prontos para qualquer cenário. Não buscamos guerra, mas não hesitaremos em nos defender com todos os recursos disponíveis”, afirmou Trump em coletiva transmitida ao vivo.
A declaração de Dmitry Medvedev que desencadeou a reação norte-americana mencionava diretamente o “Perímetro”, mais conhecido como “Mão Morta” — um sistema automatizado criado pela União Soviética nos anos 1980, que garantiria a retaliação nuclear mesmo no caso de colapso da liderança política e militar russa. O comentário foi feito em meio a discussões sobre possíveis envolvimentos dos EUA em operações militares na Europa Oriental, levantando suspeitas de interferência em regiões de interesse estratégico da Rússia, como a Ucrânia e a Crimeia.
Especialistas em segurança internacional consideram as falas de ambos os lados extremamente perigosas. “Quando líderes falam de prontidão para um conflito nuclear em tom casual ou político, o risco de erro de cálculo aumenta drasticamente”, alerta Charles Dunning, pesquisador sênior do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos. Para ele, mesmo que a intenção por trás das palavras seja retórica ou dissuasiva, a repercussão global é real e impacta decisões em diversas esferas diplomáticas e militares.
O contexto geopolítico atual contribui para o aumento das tensões. Com a guerra na Ucrânia se prolongando e alianças sendo reconfiguradas em todo o globo, o tabuleiro internacional se mostra altamente sensível. O retorno de Trump ao centro do debate político, especialmente em um momento de pré-campanha eleitoral nos Estados Unidos, também levanta questionamentos sobre o uso de temas militares como plataforma de fortalecimento de imagem diante do eleitorado. Analistas apontam que o tom bélico pode mobilizar uma base conservadora preocupada com segurança nacional e prestígio internacional dos EUA.
No entanto, reações internas e externas à fala de Trump foram imediatas. Lideranças da União Europeia, da ONU e de países como China e Alemanha emitiram notas pedindo moderação e reafirmando a importância do diálogo multilateral. Já dentro dos Estados Unidos, representantes do Partido Democrata criticaram o ex-presidente por inflamar tensões com uma potência nuclear. “Trump age como se estivesse em um palco de reality show. Mas estamos falando da possibilidade de uma guerra que colocaria em risco a vida de bilhões de pessoas”, declarou a senadora Elizabeth Warren.
Diante desse cenário volátil, o mundo observa com apreensão os próximos movimentos das duas potências nucleares. Enquanto diplomatas buscam evitar que a retórica se transforme em ação, a população global revive o fantasma da Guerra Fria — um tempo em que um único botão poderia redefinir o destino da humanidade. O alerta está dado: quando líderes mundiais trocam ameaças nucleares, não há espaço para erros. E a paz, mais uma vez, depende da responsabilidade de quem detém o poder de destruir tudo.
