“VOU TE AMAR PARA SEMPRE” Disse a mãe para filha após m@ta-la a golpes de m… Ver mais

Na calada da noite, enquanto muitos se despediam do dia com mensagens de carinho nas redes sociais, uma sequência de postagens despertava ternura — e, logo depois, horror. “Para toda a eternidade eu vou te amar. Sou eternamente grata por ter gerado você. Te amo até a lua, ida e volta.” Palavras doces acompanhadas de fotos de mãe e filha sorrindo. Nada naquela publicação fazia prever o que estava prestes a ser revelado poucas horas depois.
O caso veio à tona no início da manhã de terça-feira, 1º de julho, em Leopoldina, na Zona da Mata de Minas Gerais. Uma cidade pacata, de pouco mais de 50 mil habitantes, foi tomada por uma atmosfera de incredulidade com o crime que chocou o país: uma mulher confessou ter assassinado a própria filha de apenas 7 anos.
Mas o que levou essa mãe, que até horas antes se mostrava publicamente afetuosa, a um ato tão brutal?
As Últimas Horas: Um Silêncio Que Gritava
A cronologia dos acontecimentos ainda é imprecisa. A Polícia Militar chegou ao local na manhã de terça-feira, mas os registros oficiais não especificam o horário exato da morte da pequena Laura Liz do Patrocínio Lupatini. Esse detalhe sombrio lança uma dúvida inquietante: as mensagens de amor teriam sido publicadas antes… ou depois do crime?
Enquanto as autoridades correm para concluir os laudos periciais, a cidade tenta digerir um dos episódios mais tristes de sua história recente. A Polícia Civil informou que os exames foram solicitados, mas ainda não há previsão para a divulgação dos resultados.
O corpo de Laura Liz foi sepultado no início da noite da própria terça-feira, enquanto a mãe foi levada sob custódia para o presídio de Leopoldina após receber alta hospitalar.
Um Pressentimento que Virou Descoberta
Foi o avô da menina — pai da mulher — quem deu o alarme. Segundo o boletim de ocorrência, após ver as postagens emotivas da filha, algo dentro dele não parecia certo. Tomado pela angústia, foi até a casa da filha por volta das 7h da manhã, arrombou a porta dos fundos e, depois, a do quarto. O que encontrou fez seu mundo desabar: mãe e filha estavam deitadas na cama, inconscientes.
Ao mesmo tempo, em outra parte da cidade, o pai da criança também lutava contra a mesma sensação de urgência. Ele havia recebido, no celular, uma mensagem ameaçadora da mulher dizendo que tiraria a vida da filha. Correu para procurar ajuda da Polícia Militar — mas já era tarde demais.
Ele contou à polícia que, na noite anterior, por volta das 18h49, havia falado com a ex-companheira ao telefone e deixado claro que não pretendia retomar o relacionamento. Nesse instante, ela teria passado o celular para Laura Liz. A última frase da criança ao pai foi tão enigmática quanto devastadora: “Estou partindo para um mundo das neves”.
A frase ecoaria nas horas seguintes como um presságio sombrio.
Feridas Que Não São Apenas Físicas
Quando a polícia chegou à residência, a criança já havia sido levada pelo avô para a Casa de Caridade Leopoldinense, com múltiplos ferimentos de faca. Apesar dos esforços da equipe médica, Laura Liz não resistiu.
A mãe, por sua vez, também foi hospitalizada. Segundo os relatos, ela tentou tirar a própria vida logo após o crime. Foi atendida pelo Samu e levada ao mesmo hospital, de onde recebeu alta horas depois — apenas para ser conduzida diretamente ao sistema prisional.
Até o momento, a defesa da mulher não se manifestou oficialmente.
Uma Cidade em Luto, Um País em Choque
Leopoldina amanheceu mais cinza naquela terça-feira. Vizinhos, amigos, conhecidos e até estranhos se uniram em uma rede de perplexidade, tentando compreender o incompreensível. Como alguém pode tirar a vida de um ser que jurou proteger? Como palavras de amor podem coexistir com atos de violência inimaginável?
Não é apenas um caso policial. É um retrato cruel das complexidades emocionais humanas, do sofrimento silencioso que às vezes se esconde atrás de sorrisos e publicações nas redes. Um lembrete doloroso de que, por trás de muitas telas, há gritos que ninguém escuta.
E Agora?
Enquanto a Justiça apura os fatos e busca entender o que motivou a mãe a cometer o crime, familiares e a sociedade tentam encontrar sentido — se é que existe algum — na perda precoce de Laura Liz.
E assim permanece a pergunta que ainda paira no ar, sem resposta definitiva: o que aconteceu realmente naquela noite entre um post de amor… e um fim trágico?
