Verdadeiro quadro de saúde de Bolsonaro é revelado, infelizmente ele esta com… Ver mais

Por trás de sorrisos em eventos e publicações nas redes sociais, Jair Bolsonaro (PL) travava, em silêncio, uma batalha invisível. Agora, os bastidores dessa luta começam a vir à tona – e o alerta foi oficialmente disparado.
Na manhã desta quarta-feira (2), um boletim médico divulgado por sua equipe sacudiu a cena política e chamou atenção para o estado de saúde do ex-presidente da República. Aos 70 anos, Bolsonaro foi diagnosticado com intensa esofagite e gastrite moderada após ser submetido a uma endoscopia no Hospital DF Star, em Brasília. O que à primeira vista pode parecer um problema gastrointestinal comum, esconde uma rotina de dores, mal-estar e idas às pressas ao hospital — quadro que se agrava e impõe um mês inteiro de repouso absoluto.
A história se desenrola como um drama clínico, mas com implicações que extrapolam os exames médicos. Desde que sofreu o atentado a faca em 2018, Bolsonaro passou por várias cirurgias delicadas — e seu sistema digestivo nunca mais foi o mesmo. A cada novo mal-estar, cresce o receio de que o problema possa ser mais profundo do que se imagina.
A endoscopia revelou erosões na mucosa esofágica e inflamações que, segundo especialistas, causam dores intensas, refluxo e até dificuldade para engolir. Sintomas que se somam a episódios recentes de vômitos persistentes e soluços involuntários, que já vinham sendo relatados discretamente por pessoas próximas ao ex-presidente nas últimas semanas. Nesta terça-feira (1º), uma consulta de emergência foi necessária, e a recomendação médica foi taxativa: nenhum esforço, nenhuma viagem, e silêncio absoluto — inclusive para preservar a região inflamada da garganta.
“O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro foi submetido a uma endoscopia digestiva alta. O exame revelou intensa esofagite com processo inflamatório, erosões da mucosa esofágica e gastrite moderada”, afirma o boletim divulgado.
Cancelamentos e Silêncio
A agenda política do ex-presidente, que vinha se intensificando com viagens ao Sul e ao Norte do país, foi imediatamente suspensa. Viagens previstas para Santa Catarina e Rondônia foram canceladas. Em nota publicada nas redes sociais, Bolsonaro comunicou que passará o mês inteiro recluso em Brasília, seguindo orientação médica.
A situação reacende preocupações sobre a real condição de saúde do ex-mandatário. Afinal, esta não é a primeira vez que seu organismo dá sinais de esgotamento. No mês passado, Bolsonaro precisou ir a um hospital privado em Brasília após se sentir mal durante compromissos políticos em Goiás. Ainda assim, no último domingo (29), ele participou de uma manifestação em São Paulo — agora, sabe-se, já apresentando sintomas que se agravariam dias depois.
A Cirurgia que Mudou Tudo
Um dos momentos mais críticos da saúde de Bolsonaro ocorreu em abril deste ano, quando ele passou por uma cirurgia que durou impressionantes 12 horas. O procedimento foi necessário para tratar aderências intestinais e reconstruir parte da parede abdominal, comprometida desde os procedimentos que se seguiram ao atentado de 2018. O ex-presidente passou duas semanas internado no Hospital DF Star para recuperação.
Desde então, sua condição tem oscilado — e o corpo parece responder com menos resistência a cada novo episódio. Segundo fontes próximas à equipe médica, os refluxos gástricos e a esofagite podem ser reflexos de uma série de fatores acumulados: estresse, alimentação inadequada, uso contínuo de medicamentos e as sequelas das antigas cirurgias.
O Silêncio de Quem Já Gritou Muito
O tratamento, agora intensificado com medicamentos, exige o que talvez seja o mais difícil para uma figura pública como Bolsonaro: moderação na fala. Não apenas um pedido de discrição política, mas uma ordem médica literal. Falar demais, segundo especialistas, pode agravar a inflamação da mucosa e retardar a cicatrização do esôfago.
No universo político, onde discursos inflamados são armas e o silêncio pode ser interpretado como fraqueza, o recuo forçado de Bolsonaro levanta questionamentos sobre seu futuro. O ex-presidente — conhecido por sua retórica combativa e presença constante em eventos — agora terá que enfrentar um desafio ainda mais árduo: o de permanecer em silêncio, em casa, sem palco e sem plateia.
A pergunta que ecoa é inevitável: até quando o corpo de Bolsonaro vai acompanhar sua vontade de permanecer em evidência?
